Atualmente The Simpsons carrega o recorde de ser a animação americana e a sitcon americana que durou mais anos no ar. Isso porque The Simpsons tendo estreado no final de 1989 possui um total de 26 temporadas e está há mais de um quarto de século no ar produzindo novos episódios.
Isso é um mérito inegável, e um reflexo do grande alcance que a série possui no espaço da cultura pop. A influência que The Simpsons possui no entretenimento atual e o legado que deixou para todos os desenhos que vieram depois é tão grande que eu não saberia sequer começar a comparar com outro desenho, é desigual, é um fenômeno que só acontece uma vez na vida.
Uma série maior do que a vida. Algo imenso e indestrutível que nunca morrerá.
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Vamos falar sobre matar essa série finalmente? Acabar de vez com The Simpsons. Sério, já deu.
Sim, pois com todos seus méritos e influência e sucesso, The Simpsons já chegou no topo faz tempo, e desde então só tem se afastando cada vez mais desse lugar. Cada vez menos assistido, The Simpsons está sofrendo de um problema que aflige muitos outros fenômenos da cultura pop que é a consciência da sua falta de relevância no cenário atual, e quando as séries notam isso elas ficam desesperadas para se manterem tão relevantes quanto foram em seu auge.
E o que acontece quando a tentativa de se manter relevante passa a ser forçada? Filmes de três décadas atrás ganham reboot, personagens icônicos são reapresentados para crianças de uma nova geração na tentativa de manter sua imagem tão icônica quanto foi no passado. E essas obras, sempre com bom apelo nostálgico, e raramente com um bom apelo em sua qualidade começam a desesperadamente tentar conquistar o topo novamente. Em uma situação que até e lucrativa, mas é sempre triste de se ver no cinema.
Sério, se reprises de Smurfs ainda passassem na televisão com boa audiência provando que não envelheceram, isso seria muito mais honrado do que a ideia de que filmes em CG estão sendo produzidos atualmente “atualizando” a ideia. Isso é decadência. É o fundo do poço, e é o caminho que The Simpsons percorre hoje em dia.
O que pode ser exemplificado com o fato de que no dia 27 de Setembro de 2015, a 27ª temporada da série estreará em um episódio onde no final Homer e Marge irão se divorciar, para casarem novamente no episódio da semana seguinte. Espera aí, Setembro significa três meses depois do momento que esse post está sendo escrito? Então por que é que eu sei o final desse episódio? Simples, eles anunciaram oficialmente esse desenrolar da trama.
Esse episódio, existe unicamente, para que todo mundo que um dia na vida já se importou com a família Simpson, queira ver esse episódio dado a enorme surpresa que é o seu final. Vai ser uma audiência enorme anunciada, porém desesperada. Eles nunca tiveram a intenção real de separar Homer e Marge. Eles só querem assustar todo mundo para verificar quem ainda se importa.
E isso é triste. Quando uma série tem que vazar seus plot-twists para as pessoas resolverem assistir, é porque chegaram a um estado triste no fundo do poço. Imaginem o dia em que Game of Thrones começar a adotar a política de avisar pros fãs entre as temporadas quais são os personagens que vão morrer ao longo da temporada, para ver se a audiência aumenta.
The Simpsons já encerrou todo seu potencial e cada ano que a série insiste em fazer uma temporada, mesmo após perder dubladores icônicos, fica mais ridículo. Eu poderia fazer uma elaborada analise sobre o porquê de seus episódios não terem a mesma graça, ou porque seus personagens foram mal utilizados ou porque a série não vingou como poderia ter vingado, mas ao invés disso, quero colocar perspectiva de contexto no fracasso de Simpsons explicando um pouco como a jornada da série se enquadra na história dos desenhos animados. Entender a história da animação é uma arma valiosa para entender melhor os desenhos animados que marcaram uma época. Com isso entenderemos melhor, como não foi somente os Simpsons que mudaram, os desenhos animados mudaram, e ser um desenho animado em 1989 é diferente de 2015, e acompanhar essa mudança não é fácil.
The Simpsons surgiu bem no começo de um período conhecido como “A Renascença da Animação Americana”, o motivo desse nome é porque assim como o período renascentista, se marcou por tentar resgatar a sabedoria dos antigos e trazer a arte “atual” (atual naquela época) nos moldes daquilo que havia sido sua fase mais bela. Para os renascentistas do século XIV esses eram os gregos e os romanos, para os animadores da década de 1990, esses eram os curtas animados que existiram antes do surgimento da televisão. Época que era chamada “Era de Ouro da Animação Americana.”
Sim, pois Mickey, Donald, Bugs Bunny (Pernalonga), Daffy Duck (Daffy Duck), Woody Woodpecker (Pica-Pau), Tom e Jerry, todos surgiram em uma época em que ainda não existia televisão para serem exibidos e eles passavam em cinemas, no formato de curta-metragem (inclusive concorriam no Oscar na categoria de curta de animação.). Em vez de serem produzidos em pacotes de temporadas, eles eram feitos mais minuciosamente, com um orçamento alto para cinema, e sendo somente alguns curtas por ano.
Era outro nível a relação deles com o público. E eles não eram a parte principal da sessão, eles eram exibidos antes de filmes da época, como Casablanca ou The Maltese Falcon. Filmes que eram vistos por adultos. Então quem viam esses desenhos eram os adultos, e não as crianças. Quem fez as crianças virarem público-alvo de animação foi a televisão que, para baratear os custos de manter uma série animada na lógica de produção da televisão, teve que diminuir a qualidade de animação e apostar em roteiros repetitivos e por isso decidiu se focar em crianças, pois é um público que não era afetado pela falta de qualidade.
O que na minha opinião é uma lógica bem escrota. “Ah, criança é tudo burra mesmo, a gente pode fazer qualquer merda que elas vão assistir e nós vamos lucrar.” Mas enfim, todos os clássicos da Hannah-Barbera foram feitos nessa lógica e isso deixou uma marca de que desenhos animados eram para ser vistos por crianças que meio que existe até hoje.
Mas hoje está muito melhor e mais aceito a ideia de desenho animado adulto, ou mesmo a ideia de “desenho animado para crianças que não use isso como desculpa para se fazer um trabalho porco e barato e tenha conteúdo e trate a criança como ser pensante.” E esses valores começaram a ser questionados na época da Renascença da Animação.
No final dos anos 80, particularmente os desenhos animados da televisão chegaram numa espécie de fundo do poço em produção barateada, e praticamente toda série animada da época estava diretamente ligada a uma empresa de brinquedos, pois o lucro da série estava diretamente ligado a venda de bonequinhos. Os custos técnicos eram mínimos, repetição de frame era regra, alívios cômicos eram imbecis, e venda de brinquedos era tudo. Os anos 80 foram a década em que mais se determinou quais animações eram para meninos e quais para meninas. Pois essa diferenciação era fundamental para venda de brinquedos. Transformers, He-Man, Tartarugas Ninjas e G.I.Joe faziam histórias baratas e simplificadas com uma péssima animação para meninos comprarem bonequinhos e fazerem eles se baterem. Enquanto meninas ganhavam o desenho da Barbie e My Little Pony para comprar as bonecas e as pentearem depois.
Pior que até hoje a internet está cheia de saudosista dos anos 80 falando que esses eram os bons tempos. Enfim, esse era o estado que os desenhos animados estavam quando os primeiros passos da Renascença foram dados.
E foi bem no final dos anos 1980 que começou uma onda de trazer aos desenhos animados de volta a glória que um dia eles tiveram. De se espelhar grandes do passado e acabar com essa palhaçada comercial que tava rolando.
E isso foi a Renascença da Animação Americana.
Por um lado, Tiny Toons, Animaniacs, Ducktales e Goof Troop (entre outros), traziam de volta a evidência personagens e estilos de humor clássicos daquela época. Por outro lado Dexter’s Laboratory, Powerpuff Girls, Rugrats e Doug (entre outros) traziam a noção de animações autorais ganhando espaço na televisão e atraindo criança com roteiros mais elaborados. Desenhos que formaram a carreira de seus criadores e roteiristas e não de suas marcas de brinquedo. E por um terceiro lado, Beavis and Butthead, The Critic e The Simpsons (entre outros) tentavam reconectar o público adulto aos desenhos animados. E The Simpsons foi o desenho principal da primeira leva de animações adultas a surgir nessa época. Em plenos 1989.
Inclusive bem mais do que The Critic ou Beavis and Butthead, a série de Matt Groening estava em completa sintonia com os ideais da Renascença, a série constantemente usava gags e humor físico exagerado como fonte de humor, mais do que as outras sitcons adultas animadas que surgiram na época, e constantemente homenageava desenhos da Era de Ouro com as cenas de Itchy & Scratchy, uma evidente paródia de Tom & Jerry. A série encabeçou diversas mudanças de perspectiva para desenhos televisivos que rolaram na época, a maioria deles. E repito, em 89, a década sequer havia virado.
E a série chamou muito a atenção logo cedo por fatores como ter um foco em uma criança que fosse politicamente incorreta (pois nos primeiros episódios Bart era o personagem com mais foco da série e não Homer), a série foi elogiada e criticada por mostrar um lado mais identificável da família americana. A família Simpson era disfuncional e não-exemplar, e o nome da série ficou grande conforme esses temas começaram a ser debatidos entre os americanos que assistiam. O presidente dos Estados Unidos na época, George Bush (o pai) fez comentários na televisão sobre como a família americana deveria parecer menos com os Simpsons (e agora vocês entendem porque esse mesmo presidente foi declarado arquirrival de Homer em um episódio).
The Simpsons chamou a atenção por tocarem em temas adultos, em disfuncionalidade familiar, em cutucar aspectos sociais dos Estados Unidos e por mostrar crianças agindo mais como crianças e menos como bons exemplos. Tudo isso agora nos anos 2010 é algo básico e recorrente, mas na época era algo novo e foda. Era a televisão exibindo valores que não havia exibido antes. Hoje não parece nada demais, mas foi revolucionário.
Alias essas características se tornaram tão básicas na animação para adultos atuais, pois The Simpsons serviu de exemplo para outras séries adultas fazerem o mesmo. E após esse território ser mapeado, outras séries puderam entrar e ser ainda mais ousadas e ácidas, e assim, espaço para Duckman, South Park, Family Guy e outros foram abertos. Todos filhos de The Simpsons explorando muito mais quais linhas do politicamente correto eles podiam cruzar para fazer uma animação para adultos.
A influência de The Simpsons foi tão forte que no ano de 2002 (13 anos após a série estrear), foi exibido um dos episódios mais clássicos de South Park “The Simpsons Already Did It”, onde o personagem Butters se encontra incapaz de pensar em algum plano maligno para atormentar a cidade que não faça as pessoas se lembrarem de um episódio de The Simpsons, pois absolutamente tudo que pode ser imaginado pela mente humana é algo que os Simpsons já fizeram. O episódio termina com a moral de que isso é verdade, e que o lance é desencanar de ser acusado de imitar The Simpsons, pois eles já fizeram de tudo e a semelhança é inevitável. Obviamente uma resposta a todos que acusaram South Park de ser só uma cópia de The Simpsons.
Bom, agora o problema é simples. A Renascença da Animação acabou já tem um tempo, lá na transição da década de 1990 para a de 2000, quando os Animes começaram a tomar muito a atenção do público jovem, e produções ocidentais começaram a fazer uma força-tarefa imensa para tentar descobrir qual era o apelo dos animes e como replicá-los. O que é difícil, tem produtor de desenhos até hoje que acha que o segredo da popularidade dos animes na virada do milênio estava nos olhões e manda colocarem olhões nos personagens até hoje. Foi uma fase louca de transição onde desenhos estavam confusos querendo criar apelo para si mesmos sem ter ideia do que estavam fazendo.
The Simpsons continuou sendo The Simpsons nessa fase, fortes e orgulhosos de conseguirem continuar mantendo os valores da renascença depois que ela acabou. Eles já não eram mais subversivos, porém. As pessoas se acostumaram com o que passou a ser tolerado, e basicamente ninguém mais se preocupou se crianças estavam vendo The Simpsons fazendo piada de sexo, uma vez que Family Guys e South Parks estavam por ai mostrando conteúdo realmente impróprio. Os americanos vestiram a carapuça e assumiram os Simpsons como “o modelo familiar Americano”, pois não importa o quão disfuncionais eles fossem, eles sempre continuavam unidos. Eles eram algo que o expectador podia se identificar e assim eles deixaram de ser polêmicos para se tornar familiares.
Aliás, vamos falar um pouco de Family Guy e South Park. Afinal de contas, junto com The Simpsons, essas três séries se mantém como as três animações adultas que estrearam nos anos 1990 que ainda produzem episódios nos dias atuais, mais de uma década depois.
Embora muitos considerem Family Guy e South Park, animações pós-renascentistas (vejo muitos comentários do gênero pela internet, entre outros nerds que se interessam por história da animação), eu as considero como obras renascentistas também. Em ambas a influência dos desenhos da Era de Ouro é notável em seu estilo de humor. São os dois “discípulos” de Simpsons que mais se destacaram. Seth MacFarlane participou da equipe de diversas produções renascentistas antes de lançar Family Guy, incluindo um curta-metragem no Cartoon Network que pode ser considerado um protótipo de Family Guy (Chama The Life of Larry and Steve para os interessados), e definitivamente foi um dos grandes autores a se destacar na Renascença. South Park fez diversos episódios inspirados nos Looney Tunes, e são grandes apreciadores daquele momento da animação.
Então porque muita gente considera South Park e Family Guy pós-renascentista? Simples, pois os anos mudaram e as séries para se manter no ar, se moldaram junto com a época. Family Guy já foi cancelado duas vezes e foi “descancelado” reinventando um pouco a própria estrutura para não ser um mais do mesmo. As piadas desrelacionadas ao plot continuam existindo, mas ocupam um espaço bem menor da série atualmente. Stewie, o bebê da família, deixou de ter seu humor girando em torno do fato de que ele é um psicopata e ganhou mais camadas. Se a série fosse sempre ser o que era quando começou não teria durado, e por isso foi se adaptando. Se adaptar nem sempre é fácil e nem sempre dá certo, recentemente eles tentaram matar Brian, um dos protagonistas (em um plot-twist que diferente do divórcio de Homer e Marge, não foi anunciado com antecedência e todos levaram um susto.) Mas os fãs reagiram mal e o personagem voltou e a mudança foi desfeita, mas a tentativa de não se estagnar existiu ainda assim.
Da mesma maneira South Park já não mata mais o Kenny em todos seus episódios, os personagens se tornaram mais elaborados com o passar do tempo, Butters foi promovido ao posto de protagonista junto do quarteto tradicional e nos últimos anos South Park passou a apelar para continuidade, e fazer episódios que façam referências reais a episódios anteriores e sigam as deixas deles para novos episódios, valorizando o expectador que assiste na ordem. South Park rapidamente percebeu o potencial da popularidade na internet e liberou todos seus episódios para serem visto legalmente no site oficial por Streaming muitos anos antes de isso se tornar comum, apostando em uma mudança na mentalidade de seu público para manter seu sucesso.
Essas duas séries assim como Simpsons, estão lutando para se manter relevantes, tentando se reinventar e continuar a existir. E resultados podem até ser subjetivos (na minha opinião, South Park consegue se manter relevante atualmente, enquanto Family Guy já não presta mais, mas essa é minha opinião, não um fato), mas ambas estão se esforçando para não deixar a mais de uma década que se passou dede sua estreia afetar seu desempenho criativo.
E The Simpsons segue sendo The Simpsons, ao contrário das séries que tentaram dar mais camadas para seus personagens para deixá-los menos repetitivos, The Simpsons deixa os seus cada vez mais simples e mais repetitivos, tentando focá-los em uma única grande piada. Ned Flanders começou como um personagem de diversas facetas que causassem um senso de inferioridade e inveja em Homer, e atualmente ele só existe em prol de piadas de como ele é maníaco religioso. E isso é forte a um nível que o TvTropes nomeia o fenômeno de se simplificar os personagens e deixá-los mais repetitivos de flanderização. Eles mantém seus personagens sem profundidade, e reciclam ideias de episódios passados e se firmam com orgulho em não tentar fazer nada fora do estilo que deu a eles fama em primeiro lugar.
E funciona hoje? Em 2015? Não! Não funciona mais. A lógica mudou. Atualmente as animações estão seguindo a tendência de driblar e derrubar as noções de público-alvo. Homens adultos assistem My Little Pony, uma animação que é um reboot de uma das maiores marcas do lado comercial dos anos 80, e que se destacou por ser um dos desenhos mais autorais e marcantes dos anos 2010. Adventure Time e Steven Universe exploram quanta maturidade uma obra infantil pode apresentar e ainda ter um público infantil, deixando mais tênue a diferença entre obra infantil e obra adulta. E honestamente, as marcas de Simpsons que deixavam a série adulta, já meio que se perderam quando o conteúdo da série deixou de ser subversivo. Pessoalmente eu conheço poucas pessoas que ainda assistem os Simpsons hoje em dia, mas destaco o filho de seis anos de minha namorada, que assiste e aparentemente acha muito mais graça nas piadas do que os adultos vendo junto. Hoje em dia desenhos como Regular Show podem ser considerados mais impróprios que The Simpsons dependendo do episódio. Seu valor como exemplo máximo de uma leva de animações adultas está no passado.
Desenhos atuais apelam para a continuidade e renovação, o público atual assiste desenhos em netflix, on demand e na internet e pode ver todos os episódios na ordem e quer se sentir recompensado com isso. Animações exclusivas para mídias online como Bojack Horseman estão surgindo, e tem peso no fato de que os personagens evoluem e os episódios possuem continuidade. O Cartoon Network está se fodendo ao tentar passar Adventure Time e Steven Universe fora de ordem e confundir muito quem assiste aos episódios que fazem referência direta a um episódio anterior. Archer e Rick and Morty também apelam para continuidade como forma de dar profundidade aos seus personagens e trabalhar com eles com maior complexidade.
E os Simpsons seguem com medo de manter Homer e Marge divorciados por mais de um episódio. Firmes de que o status quo inalterado é a forma mais segura de se escrever uma sitcon hoje em dia. Eles arrogantemente sabem que não precisam mudar nada e podem continuar deslocados de sua era, pois o fato de ser a animação atual a mais tempo no ar, ajuda a manter a série no ar. Afinal se durou 26 anos, podemos fazer durar 27. E se durar 27 poderá durar 28. A série se orgulha de ser um ícone está constantemente lutando para que seus ícones continuem sendo ícones. A atual abertura da série foi reformulada para fazer referência direta a dois de seus episódios mais clássicos, e para inserir participações do máximo possível de personagens secundários, uma vez que o número excessivo de secundários é uma das marcas da série hoje em dia. Todos os elementos que dão força para a série, são elementos que deixaram ela cultuada em sua fase boa. Simpsons não tem força em seus episódios atuais, tem força na sua tradição de ser a série animada mais longeva da história.
Sabem esses filmes de samurais que restaram no Japão depois que a época dos samurais já acabou e que retratam esses samurais completamente deslocados da sociedade tentando lidar com o fato de que o mundo evoluiu para um onde eles não tem mais espaço? Cada ano que The Simpsons se renova para mais uma temporada eles se parecem mais com esse Samurai. Talvez se eles acabassem e vivessem de reprises constantes na Fox, todas as reprises ainda com audiência, claro, para provar que eles ainda funcionam em 2015 seria muito mais digno do que forçar episódios inéditos quando eles não tem absolutamente nada para acrescentar além de nostalgia, meramente provando que eles não funcionam mais.
Talvez não exista realmente a necessidade de uma série durar 26 anos.
Série alguma.