A Visão do Vilão – Parte 4. Poderia Death Note na verdade ser um mangá bem tradicional sob outra perspectiva?

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E chegamos no post final do mês comemorativo do blog, para concluir a análise do quão difícil é para os autores e produtores até os dias atuais colocar vilões como protagonistas de uma obra ou colocar a perspectiva de uma história nos olhos de alguém que deve enfrentar um grande herói.

Nós já falamos sobre casos em que isso não foi feito pois não era a proposta da série fazê-lo, por mais que desse a impressão de que era. Já falamos sobre caso em que os produtores não tiveram coragem e deu errado. Já falamos sobre um livro que conseguiu fazer, mas ninguém confiou que o livro era bom, então desfizeram nas adaptações. Mas vamos fechar agora dando um exemplo de obra que genuinamente colocou um protagonista como vilão, e deu certo, ou seja, um exemplo positivo do ato sendo feito, fazendo sucesso, como prova de que é possível colocar um vilão no protagonismo e se safar.

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Senhoras e senhores, o protagonista da obra de hoje.

Não é o único caso de sucesso nessa tentativa nem de longe. De tempos em tempos alguém consegue contar uma história na perspectiva de seu vilão com sucesso. Shakespeare conseguia com tranquilidade, como ele provou em Richard III e Macbeth, obras que acabaram servindo como inspiração em uma série atual do Netflix que se destaca for fazer o mesmo que é House of Cards. Além deles, o autor infantil Dr. Seuss, conhecido por ser um dos autores infantis mais renomados dos EUA, conhecido por suas rimas simples e afáveis, agradáveis para crianças que ainda estão começando a se alfabetizar, pois bem, ele tem em muitas de suas obras um vilão como personagem principal. How The Grinch Stole Christmass, The Lorax e Yertle the Turtle são todas contadas da perspectiva do grande vilão da história, e isso não alienou as obras do público infantil.

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Sabe o que dá como um bom personagem principal em um livro infantil? Um ditador tirano.

Queria ter tido tempo de fazer um post só pro Dr. Seuss, mas não deu tempo, infelizmente.

Enfim, mas agora vamos falar de um mangá chamado Death Note. E porque o fato desse mangá ter um vilão como protagonista é um fato notável na obra.

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Contextualizando: Death Note é um mangá semanal que foi publicado pela Shonen Jump, uma revista de mangás japonesa, que se destaca por mangás shonen (ou seja de público-alvo masculino e focado em crianças e adolescentes), e é a revista mais conhecida de mangás no ocidente, já que grande parte do que é muito comercial e fez muito sucesso no Brasil em termos de anime e mangá veio de lá. Saint Seya, Yu Yu Hakusho, Dragon Ball, Yu-Gi-Oh, Naruto, etc… atualmente o mangá mais vendido de todo o japão, One Piece, está sendo publicado semanalmente pela Jump. Ou seja, é uma revista bem tradicional e que sem dúvida firmou muitas fórmulas e convenções que tem em mangás atualmente.

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Pois bem, quando Death Note começou a ser publicado pela revista, e isso era lá em 2003, e ele chamou a atenção, por desafiar todas essas convenções.

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Para começar, era um mangá sem uma única luta, mas ainda sim o mangá inteiro girou em torno de batalhas, batalhas psicológicas e longas que não podiam ser decididas na violência e sim sendo o mais inteligente. Se fosse uma revista pra mangás voltados a um público adulto isso não chamaria tanta atenção, mas foi na Shonen Jump, no meio do mainstream e lá esse mangá não soava como mais do mesmo.

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Ok, só pra não dizer que não teve lutinha, teve essa uma luta.

E o segundo lugar de porque o mangá chamou a atenção era seu protagonista, Light Yagami, um adolescente que ao pôr as mãos em um caderno capaz de matar qualquer ser humano no mundo meramente escrevendo seu nome, começa uma jornada para assassinar todos os criminosos do mundo. Aos poucos ele abrange suas vítimas a todos que se opõe ao que ele está fazendo, o que coloca ele em uma batalha psicológica contra a polícia e contra os maiores detetives do mundo, chegando ao ponto em que ele se acua tanto que já não se importa em sacrificar qualquer pessoa para poder manter seu poder e influência no mundo, independente dos crimes, visando o objetivo final de se tornar Deus.

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Objetivo esse que ele anuncia logo no primeiro capítulo, pra deixar claro que mesmo antes de qualquer corrupção que ele possa ter sofrido pelo poder absoluto que recebeu, ele já fazia o que fazia visando ser louvado como uma divindade.

Light, assim como Macbeth nos tempos de Shakespeare, não nos é apresentado como um vilão logo de cara. Ele era uma pessoa normal pois estava exposto a uma vida normal com poucas chances de se fazer o mal gratuitamente. É o ponto inicial da história que dá a ele a brecha de mostrar seu pior lado. O ideal que motivou Light a começar a agir, é polêmico, e dependendo do leitor ele pode logo de cara concluir que Light é um tremendo filho da puta, por bancar o justiceiro, sendo juiz, juri e executor pra qualquer criminoso no mundo aplicando a mesma pena independente do crime e querendo ser a lei e impor seus valores. Mas outros leitores podem achar que é isso mesmo, que tem que matar bandido mesmo, e que é o único jeito. E a parte de qual dos dois lados você leitor defenda, isso torna Light compreensível, pois mesmo se você não concordar com a visão de mundo dele, você é capaz de ao menos entender de que contexto ele vem, e que no mundo está cheio de pessoas que pensam igual ao Light. Ou seja, mesmo na perspectiva em que ele é um filho da puta desde a primeira cena, ele está o suficientemente humanizado para não soar como óbvio ele ser o vilão da história. Mesmo um leitor que discorde das ações de Kira pode a primeira vista concluir que o autor incentiva uma ideia errada do que concluir que estamos vendo o olhar de um vilão.

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Apesar de não ser obvio, é anunciado. Light recebeu o poder de matar qualquer pessoa através de um caderno, pois esse poder foi dado a ele por um Deus da Morte, que ao ouvir seu plano chega a única conclusão lógica “ai você vai ser o único cara mal no mundo.”

E esse é o segredo. No caso de Light é visível como ele vai se corrompendo aos poucos, mas ao mesmo tempo é visível como desde o começo ele já era um merda. E ele não era um merda só porque ele achava que bandido bom é bandido morto (embora isso seja um fator), ele era um merda, pois ele queria esbanjar tanto seu poder sobre a vida e a morte até o povo do planeta todo considerá-lo um Deus e adotar sua visão moral como lei.

E isso é uma coisa que ele estabeleceu logo no primeiro capítulo, mas ele ainda não soava como um vilão, só como um anti-herói bem mais sinistro que a média. Ele tinha o desejo e o potencial para ser um grande vilão, mas ele ainda não era um, afinal estava no começo de sua jornada de corrupção, orgulho e decadência. E esse é o segredo pra se contar a história de um bom vilão: é parecida com a de um herói. Se no começo da história, o Luke é só um mero fazendeiro com potencial pra ser mais que isso, mas só dois filmes depois que ele atinge o máximo de seu potencial, no caso de Light é o mesmo, ele vai se revelando um grande vilão aos poucos, mas o potencial estava lá desde o começo.

Na medida que o mangá progride, começamos a ver a verdadeira natureza de Light, e fica claro que ele não presta, até que no fim, ele é enfim encurralado e morto, e o mundo volta ao normal, porém ele ironicamente, ao falhar e morrer atinge seu objetivo primário, uma vez que toda uma religião se forma em torno de um possível retorno dele.

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Agora vamos lá, que eu não resolvi dedicar esse texto a Death Note só pra chegar na conclusão de que o Light é um tremendo escroto, pra isso é só ver ele deixando o pai morrer.

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Com o pai no leito de morte, a única coisa que passa na cabeça de Light é convencer o pai a cometer um assassinato específico antes de partir.

O texto é pra desmentir a impressão de que o mangá veio sendo o oposto de um mangá típico da Shonen Jump. A verdade, é que exceto pelas batalhas serem mentais e não de lutinha normal, o mangá é essencialmente a mesma jornada de um mangá tradicional da Jump, e é exatamente isso que firma o Light como vilão, o seu herói.

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E sempre reforço… tivemos essa uma luta.

E eu não vim falar do L. Vim falar do Near…

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… não esperem, voltem, não fechem o texto não, leiam até o fim, juro que faz sentido.

Enfim. O Near… Death Note tem duas metades, elas são bem claras e delimitadas, e se você mencionar “a metade boa de Death Note” pra qualquer um, é muito óbvio que você fala da primeira metade, os sete primeiros volumes, e absolutamente ninguém vai confundir isso, dito isso, o Near é a marca registrada da metade ruim (ou menos-boa na minha opinião), da obra, os cinco últimos volumes.

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Segundo muitos fãs, é a partir dessa cena que a história passou a ser ruim. Por uma extrema coincidência essa cena introduz ao mangá os elementos que permitam que a história seja na verdade uma história muito tradicional da Shonen Jump.

Mas ainda sim, se o mangá fosse somente a parte do L, se o mangá acabasse com Light vencendo L, ele seria oficialmente um mangá bem subversivo, com o protagonista triunfando em sua dominação global, e talvez fosse exatamente isso que a gente quisesse, um mangá bem diferente e não mainstream com um vilão triunfando no final. Talvez a expectativa de ver o assassino triunfar e o detetive morrer fosse o que atraiu tanta gente à premissa diferentona de Death Note. O que o Near fez foi o oposto, o Near trouxe o legado de Naruto, One Piece e Yu Yu Hakusho pra obra e fez todo mundo entender exatamente porque o mangá foi publicado na Shonen Jump e não numa revista adulta seriazona e psicológica.

Vamos ver a história do Near isolada do resto do mangá. Ele é um órfão, que cresceu nesse orfanato junto de outros órfãos. Nesse orfanato, todas as crianças eram muito inteligentes, e o orfanato era secretamente uma escola visando formar os melhores detetives do mundo.

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E Near era o melhor da escola toda. Em segundo lugar, tinha seu rival: Mello. Mello e Near competiram durante muitos anos pra ver quem era o melhor em inúmeros jogos mentais, ambos treinados pra serem sucessores de L, aprendendo tudo o que L sabia sobre ser um bom detetive.

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Mello é mais emotivo e impulsivo enquanto Near é mais racional e completamente desprovido de emoções. Esse contraste marcou a rivalidade deles e as abordagens diferentes que eles tinham em solucionar o caso.

L estava perseguindo esse serial killer perigosíssimo que aparentemente podia matar apenar sabendo o some e o rosto de uma vítima, e Near como aprendiz de L, estava acompanhando o caso de perto e tentando juntar as próprias pistas, porém admirando L e sua proeza em encurralar esse serial killer. Mello ao seu lado como seu eterno rival.

Um dia L é assassinado pelo Serial Killer que agora, já está a um passo de dominar o mundo, e Near e Mello decidem que a rivalidade deles vai ser decidida nesse caso, e aquele que capturar o serial killer vai passar no teste definitivo de quem é superior.

Pois bem, Near e Mello competem, e Mello chega muito perto de superar Near, mas eventualmente ele é derrotado pelo Serial Killer, porém sobrevive. Arrependido e reconhecendo a superioridade de Near, ele faz um último sacrifício e faz um movimento suicida que dá a Near a pista final para solucionar o caso em troca de sua vida. Com isso, Near desvenda o caso, o assassino é morto, seu mestre vingado, seu rival vingado e o mundo é salvo.

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Isso podia perfeitamente ser um mangá próprio. Um shonen basicão. Temos uma criança prodígio, um rival, um mestre a ser morto e um serial killer querendo virar Deus. Pra completar ele lidera uma equipe de três pessoas só, um grandão, um espertão e uma garota, típico de um mangá tradicional. E querem ver o pior de tudo, no seu ato final ele conta pro Serial Killer que só venceu graças aos esforços e sacrifícios de Mello, e que portanto foi o poder da colaboração (pra não dizer amizade) que o derrotou.

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A amizade: derrota os vilões e ganha jogos de cards.

Não dá pra ser mais tradicional que isso.

E claro também que Near é o herói na perspectiva de que ele é a oposição definitiva ao vilão no mangá e vice-versa. Mas o mangá ainda sim prefere nos colocar como pivô moral central da obra o personagem de Soichiro Yagami, pai de Light, que passa o mangá inteiro em conflito interno sem ter certeza se seu filho era inocente ou culpado das acusações, e cuja função primaria é apontar todas as imoralidades que L cometesse pra garantir que ele fizesse a escolha certa em seu combate a Kira (pseudonimo pelo qual Light ficou conhecido por seus assassinatos).

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Soichiro Yagami

No mundo de Death Note os sobreviventes que testemunharam a coisa toda vão poder contar a história do Near no futuro, e se alguém ali naquele universo for adaptar essa história para um mangá, ele provavelmente faria um mangá em que o Near é o Yusuke. O Mello é o Hiei. O L é a Genkai e o Light é o Toguro.

Mas esse mangá preferiu a perspectiva do Light, o serial killer. Esse mangá não só fez o protagonista ser um vilão, como o Frank Underwood é um vilão. Ele fez o protagonista ser o vilão clássico de uma história clássica. Um típico mangá shonen que poderia ser a fórmula clichê perfeita do shonen padrão e fez de sua grande diferença era só a inversão de perspectiva.

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Essas cenas potencialmente existem em todo mangá que vocês leram, mas provavelmente offscreen, pois não é todo mangá que se foca na vida amorosa de seu vilão (embora alguns foquem).

Imaginem se contassem a história de Harry Potter da perspectiva de Voldemort. Começaríamos com o jovem Tom Riddle em Hogwarts sendo só um aluno meio cuzão e gradualmente aumentaríamos a psicopatia dele e tornaríamos ele um completo monstro até o ponto da não-redenção, quando isso acontecesse, surgiria então um jovem herói pra matá-lo.

Era perfeitamente fazível. Seria a mesma história e o Harry seria o mesmo personagem e seria o mesmo final, só que seguiríamos a psique distorcida e doentia do Voldemort ao invés da psique heroica e egocêntrica do Harry.

E essa foi a genialidade de Death Note. Pois ao funcionar, Death Note não só mostra que pode-se colocar um vilão como protagonista em uma história, do mesmo jeito que And Then There Were None mostrou em seu livro ou House of Cards está mostrando na televisão. Essas narrativas são próprias para um vilão-protagonista. Death Note nos mostra que a história não tem que se adaptar ao vilão, ela pode seguir sendo a história clássica do bem contra o mal, tão formulatica quanto seria sem essa mudança de perspectiva.

O que é o oposto de mudanças de perspectiva que costumam sair no cinema como foi Maleficient, onde ativamente mudam a história para que Maleficient tenha as ações heroicas, ou Wicked que transforma o Mágico de Oz no grande vilão.

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Até hoje me pergunto qual foi o propósito de pegar a vilã mais icônica da Disney e fazer um filme inteiro pra explicar que ela não era má.

Mas vamos pensar no Light. Se ele é um vilão, porque é interessante ver a história na perspectiva dele?

Primeiro, pois toda a trama se desencadeia dele. O que é comum em muitas histórias que não colocam o vilão como protagonista. Se você pegar filmes da Disney como The Lion King ou The Hunchback of Notre Dame, você vai ver que os heróis por boa parte do tempo somente reagem às ações do vilão, que é o agente ativo que gira todas as engrenagens da trama. Histórias assim são boas de se ter o vilão como protagonista, uma vez que é a perspectiva vai pro personagem com maior agência na história ao invés de ir ao que tem maior moralidade.

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No caso de Frollo, todas as mudanças que a história tomou foram consequências de suas decisões, e é o desejo de Frollo que move a trama mais que o de Quasimodo.

E é o caso de Light. Seu papel como vilão na história foi extremamente ativo. A trama começou quando ele começou seu extermínio, usando o Death Note, chamando a atenção do detetive L. Em seguida ele elevou a aposta, começando a matar agentes do FBI, provando que não eram só criminosos que seriam suas vítimas, mas também quem se opusesse a ele. A seguir ele permite que o Death Note caia nas mãos de vilões que matem inocentes, só pra essa brecha criar a chance pra que ele mate L. Quem ditava o ritmo do duelo mental entre ele e L, era o Light. Ao detetive restava a reação e a adaptação de seus planos pra encurralá-lo.

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Light matando os agentes do FBI, um dos grandes pontos de virada do personagem.

Além disso, o Light era o personagem interessante. Apesar do Near ser um herói clássico, ele é um personagem estático, no sentido de que ele termina a série da mesma maneira que começa, tendo como seu único conflito resolvido a sua rivalidade com Mello. A jornada vilanesca de Light, abrange uma corrupção cada vez maior que permite que vejamos uma constante mudança e progressão na personalidade do personagem, o que é notavelmente mais bacana de acompanhar.

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A imagem de Light rastejando e gritando em sua derrota é impactante e contrasta bem com a formalidade e civilidade que ele exibiu durante todo o resto da obra.

E a maldade do Light, não permite que nos afastemos da obra, mesmo ela sendo contada na perspectiva dele, pois é uma grande construção e preparação para sua queda. No final não é Near quem mata Light, e sim Ryuk, o deus da morte que lhe deu o Death Note em primeiro lugar, dando poder sobre a vida e a morte a um mero humano só pra matar seu tédio. Ryuk era condenado a seguir eternamente o humano que portasse o caderno, e a perspectiva de acompanhar Light na cadeia por anos até ele morrer entediou Ryuk novamente, e por isso ele decide que Light deu o que tinha que dar, e o mata. Mostrando na prática pra Light o quanto ele que aspirou tanto ser Deus, não passou de um humano.

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E é humilhante, ele se rasteja e implora pela sua vida, como se não tivesse milhões de mortes nas costas que ele matou com indiferença e impessoalidade. Ele não chegou nem perto de ser Deus no final independente de quantas pessoas ele matou, Deus estava lá atrás dele pronto para mostrar a diferença entre eles.

E isso é uma boa história. Do homem que enlouqueceu nos assassinatos achando que estava virando Deus, mas após ser derrotado por alguém superior, ele se depara com um Deus de verdade que o coloca em seu lugar. Isso é uma história genuinamente boa e digna de ser contada, independente da moral do protagonista, pois não é necessário apoiá-lo pra acompanhar a história. Assim como não é necessário apoiar Walter White pra acompanhar Breaking Bad.

Ou seja é difícil mas é possível. É muito legal concordar com o protagonista de uma obra e torcer pelo seu sucesso, mas essa noção também pode se tornar uma amarra com um alto número de potenciais histórias que não estão sendo escritos pelo medo de caso o protagonista não seja o pivô moral da história, ela não consiga ganhar público. Isso está sendo desafiado pelas séries americanas atualmente com seus anti-heróis, mas no geral poucos tem a coragem de genuinamente por um vilão como ponto de vista de uma obra.

frank

E bem, Hollywood e a indústria do entretenimento vivem de fórmulas, de poucos riscos e de tentar sempre que possível só aprovar um projeto se houver a garantia de lucros. Mas existem precedentes de histórias sobre pessoas más tentando destruir pessoas boas que funcionaram no passado, e tenho certeza de que tem muita história boa só esperando pra ser escrita, em um mercado que tem medo dessas histórias significarem uma grande perda de dinheiro.

Sobre o autor

Izzombie

Sou um cara chato que não consegue ver um filme sossegado sem querer interpretar tudo e ficar encontrando simbolismos e mensagens. Gosto de questionar a suposta linha que separa arte de filmes comerciais, e no meu tempo livre pesquiso sobre a história da animação.

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Sou um cara chato que não consegue ver um filme sossegado sem querer interpretar tudo e ficar encontrando simbolismos e mensagens. Gosto de questionar a suposta linha que separa arte de filmes comerciais, e no meu tempo livre pesquiso sobre a história da animação.

Alertas

  • – Todos os posts desse blog contém SPOILERS de seus respectivos assuntos, sem exceção. Leia com medo de perder toda a experiência.
  • – Todos os textos desse blog contém palavras de baixo calão, independente da obra analisada ser ou não ao público infantil. Mesmo ao analisar uma obra pra crianças a analise ainda é destinada para adultos e pode tocar e temas como sexo e violência.

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